terça-feira, 24 de maio de 2016

Resenha - Inglês para professor

Fonte: http://blogdisal.com.br/resenha-ingles-para-professor-vanessa-prata/

Após uns meses sem conseguir contribuir para o blog da Disal (tenho a desculpa de estar na fase de qualificação do mestrado rs…), estou de volta! E escolhi como tema comentar o livro Inglês para Professor, de Higor Cavalcante, pois tem um motivo especial para mim.
Conheci o Higor ainda na adolescência (só uns aninhos atrás, não é, Higor?), quando nós dois éramos alunos de uma escola de inglês. O detalhe é que não era na mesma unidade, e só nos conhecemos inicialmente como pen pals, numa época pré-email, Facebook e WhatsApp, por meio do jornalzinho que circulava entre as unidades dessa franquia. Morávamos longe um do outro também e, até então, não tínhamos amigos em comum. Ou seja, tinha tudo para não dar em nada. Mas eis que no final da adolescência éramos praticamente best friends e, ao longo de nossas carreiras, sempre fomos nos cruzando, apesar de nunca trabalharmos juntos na mesma escola ao mesmo tempo. Ainda hoje mantemos contato, embora bem menos do que gostaria. Nem conheci a filhinha dele ainda… precisamos mudar isso!
Enfim, depois de todo esse preâmbulo, vamos à pauta: seu primeiro livro, Inglês para Professor, editado pela Disal. Como o subtítulo já explica, o livro aborda vocabulário, gramática e pronúncia para professores (brasileiros) de inglês. Mas um livro de inglês para professor, como assim? O prefácio de Luiz Otávio Barros explica: há um abismo entre saber que e saber como, ou seja, muitos professores conhecem as regras, mas não sabem utilizá-las na prática. Por outro lado, há profissionais com bom domínio do idioma, mas conhecimentos limitados de suas principais regras e exceções.
Certamente todo professor, mesmo os que sabem as regras e como usá-las, aprenderão algo a partir do livro também. Só nas primeiras páginas, por exemplo, já aprendi palavras novas como mottledbumpychuffed,stifling, que podemos usar só sit an exam ou sit for an exam (Australian English), que a redução de uma palavra mais longa, como acontece com fridge (de refrigerator), chama-se clipping, e muitas outras coisas.
O livro é escrito em linguagem informal e fácil de ler, com exemplos de todos os pontos abordados e algumas seções com foco nas dúvidas mais comuns de professores brasileiros de inglês. Mas claro que o material pode ser útil para alunos de inglês também, notadamente os de nível avançado. Vem ainda com um CD, com a gravação de todas as frases de exemplo do capítulo de pronúncia, e exercícios de cada tema abordado (que eu ainda não fiz, mas farei pós-qualificação. Professor também enrola para fazer homework…).
Evidentemente, um livro que aborda três macroáreas não pode aprofundar nenhuma delas, mas isso não chega a ser um defeito. O objetivo do material é focar nas principais dificuldades de professores de inglês, e não ser uma obra de referência de vocabulário, gramática ou pronúncia. Cumpre bem essa função e complementa outros materiais que os professores precisamos conhecer, consultar sempre e, claro, aplicar em sala de aula.